Foz do Iguaçu: grandiosa por natureza
07/07/2007, 12:18Atraídos por um cenário natural de tirar o fôlego, Foz do Iguaçu recebe anualmente, segundo dados da Embratur, cerca de um milhão de visitantes (60% de estrangeiros), tendo ultrapassado essa marca no ano de 2005. Dentro do País, o destino só é superado pelo Rio de Janeiro, principal portão de entrada para os turistas estrangeiros. No segmento "Negócios", a cidade apareceu em sexto lugar em 2004 e oitavo em 2005, enquanto que no segmento "Outros motivos" tem a quinta posição nos dois anos pesquisados. O ano de 2005 estabeleceu recordes históricos para o Parque Nacional do Iguaçu, superando marcas estabelecidas há 17 anos. A partir daí, a redução no número de vôos e a queda do dólar em relação ao Real provocaram uma desaceleração no crescimento do turismo do local, mas assim mesmo a região mantém sua importância para o setor. Desde 1980, além de 2005 e 2006, somente dados do quadrimestre de 1987 foram superiores aos registrados em 2007. Os resultados de janeiro a abril deste ano superam todos os outros 24 anos da série histórica em questão.
O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas, é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Amazônia. O Iguaçu tem atualmente 185 mil hectares, sendo que as Cataratas somam 275 cachoeiras, com altura média de 60 metros. A palavra Iguassu significa "água grande", em tupi-guarani. Por essa grande visibilidade, o parque foi decretado como Patrimônio Natural da Humanidade, em dezembro de 1986, pela Unesco.
A maior atração é a Garganta do Diabo, que fica do lado argentino. Um grupo de evangélicos pediu neste ano a mudança do nome da queda d´água em virtude da impressão negativa que o nome pode causar aos turistas. A sugestão do grupo é de que o nome seja alterado para Voz de Deus ou seja priorizada a utilização do nome oficial, que é Salto da União.
Hoje, o parque, segundo dados do Ibama, gera cerca de 800 empregos diretos e indiretos. Há uma área intangível, onde é permitida somente a pesquisa científica de aproximadamente cem trabalhos. Apenas 3% da área de todo o parque é destinada à visitação. Desde 2000, novas atividades foram disponibilizadas através da terceirização de serviços por empresas privadas e nasceram o vôo de helicóptero, um centro de visitantes, arvorismo, rapel, trilhas, uso de botes e o passeio macuco. Assim, além de vislumbrar a bela paisagem das quedas d´água, o visitante tem à sua disposição uma série de atividades para todas as idades e públicos.
A construção de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em produção de energia, inaugurada em 1984, também aumentou a força turística da localidade. A barragem é a segunda atração turística da cidade em número de visitantes. Há ainda inúmeras opções de lazer no lago, como o Weekend Fly, onde se pode voar de trike – similar a uma asa delta com motor - sobre o lago, e é possível visualizar Itaipu, Furnas, Ecomuseu, Templo Budista e Ponte da Amizade.Localizada na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, no extremo Oeste do Estado do Paraná, juntamente com as cidades argentinas Ciudad del Este e Puerto Iguazu, o Marco das Três Fronteiras é outro atrativo local, juntamente com o encontro dos rios Iguaçu e Paraná. Além das atrações naturais, a cidade paranaense é dotada de inúmeras opções culturais, com destaque para a arquitetura religiosa da Igreja Matriz, do Templo Budista e da Mesquita Muçulmana. No aspecto arquitetônico, destacam-se ainda as pontes internacionais da Amizade, na divisa com o Paraguai, e Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina.
Próximo ao Parque Nacional, encontra-se o Parque das Aves, onde o visitante se depara com as mais diferentes espécies de aves em seus habitats naturais. Foz dispõe ainda de um campo de golfe de nível internacional. O turismo de compras também é forte entre brasileiros e estrangeiros, que aproveitam a proximidade com a cidade paraguaia de Ciudad del Este para comprar artigos importados com isenção de taxas até os valores determinados pela Receita Federal brasileira. Com quase 310 mil habitantes, o município de Foz do Iguaçu também tem como característica marcante a sua diversidade cultural, composta por 71 etnias, sendo que as mais representativas são oriundas do Líbano, China, Paraguai e Argentina. Como não poderia deixar de ser, a base da economia da cidade é o turismo. HistóriaA história do Parque Nacional começa no ano de 1916, com a passagem por Foz do Iguaçu de Alberto Santos Dumont, considerado o "fundador" do local. A área pertencia ao uruguaio Jesus Val e Dumont intercedeu junto ao presidente do Estado do Paraná, Affonso Camargo, para que fosse desapropriada e tornada patrimônio público, sendo declarada de utilidade pública no mesmo ano. Em 1939, por um decreto do presidente Getúlio Vargas, foi criado o Parque Nacional do Iguaçu. Relatos históricos dão conta de que o local já teria sofrido intensa movimentação desde 1542, com a passagem do “Cabeça-de-Vaca”, o primeiro europeu a fazer menção na literatura às cataratas.Muitas lendas indígenas contam a formação do conjunto de quedas d'água. Uma delas diz que os índios caingangues, que habitavam às margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, o deus serpente, filho de Tupã. O cacique da tribo, Ignobi, tinha uma bela filha chamada Naipi. Por causa de sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para seu culto. Havia, no entanto, entre os caingangues um jovem guerreiro chamado Tarobá, que se apaixonou por Naipi. No dia em que foi anunciada a festa de consagração da bela índia, quando o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com Naipi em uma canoa, que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza. M'Boy ficou furioso quando soube da fuga e penetrou nas entranhas da terra. Retorcendo seu corpo, produziu uma enorme fenda que formou uma catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas, os fugitivos foram tragados pela imensa cachoeira. Naipi foi transformada em rocha logo abaixo da cachoeira, fustigada pelas águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira, situada à beira do abismo. Debaixo dessa palmeira existe uma gruta, de onde o monstro vingativo vigia eternamente suas vítimas.
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